sábado, 25 de dezembro de 2010

Construção em superadobe

Povo eu to longe do blog porque estou na construção da casa no sitio, de superadobe, então nos finais de semana estou no sitio fazendo a casa, e quem quiser aprender a tecnica ou simplesmente participar é so aparecer. Toda ajuda sera bem vinda, então apareçam ....

domingo, 7 de novembro de 2010

Sobre o evento do dia 23/10/2010

V - Comunidades quilombolas de SP participam de feira de sementes PDF Imprimir E-mail
Seg, 25 de Outubro de 2010 13:01
Reportagem: Paula Araújo

Fonte: Globo Rural (TV Globo)

Data: 25/10/2010

Integrantes de comunidades quilombolas de São Paulo se reuniram, no fim-de-semana, no município de Eldorado. Eles participaram de uma feira de troca de sementes.

Arroz, feijão roxinho, palmeira real. Treze comunidades quilombolas do Vale do Ribeira participaram da feira. Ao olhar as barracas é possível ver a diversidade dos produtos da região. Em meio a tantas opções, foram contadas mais de cem variedades de sementes e mudas, como a do café e da banana pão.

Essa foi a terceira edição da feira baseada na troca. Foi que a dona de casa Edvina da Silva fez na barraca ao lado. "A gente escolhe o que não tem na comunidade. Conversa com a pessoa da outra comunidade. O que não tem, ela procura na nossa banca e leva. Assim, todos nós temos a mesma coisa", explicou.

O pagamento é feito na mesma moeda, em produtos para o plantio. Para celebrar o encontro, foi preparado um almoço com produtos cultivados nas comunidades quilombolas, com repolho, salsinha e couve.

A feira ainda teve exposição de artesanato e música. "A gente vem para conhecer, ver as novidades e resgatar a cultura do povo também", disse Cristiane de Oliveira Rafael, técnica em desenvolvimento econômico.


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Evento dia 23/10/2010

Sábado eu e a Marcia estaremos em Eldorado para a feira de sementes promovida pelas Associações de Quilombolas do Vale do Ribeira, quer estar também ?, entrem no site abaixo para mais informações ...



http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=3180

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Domingo 19/09/2010...

Fomos, eu e minha irmã, para o sitio logo cedo, tem bastante serviços, roçamos um pedaço bom de terreno...


E de quebra tivemos algumas visitas

Alguem sabe que sapo é esse ?

ele miava, isso mesmo miavaaaaa, feito gatinho novo e eu até pensei que alguma gata tinha dado cria no meio dos rosarios


após o susto do sapo que mia eu localizei mais uma flor pra minha mãe e que também não sei o nome



domingo, 5 de setembro de 2010

Agradecimentos ...

Gostaria de fazer um agradecimento especial a Dra Clari Gomes,minha amiga,que deu apoio mesmo sem ver o terreno e fez o contrato de compra e venda e que apesar da minha aflição e impaciência exigiu detalhes que eu com minha ignorância estava deixando passar. Afinal de contas,amigos são aqueles que nos apoiam,mas que também nos cobram,pensando no nosso bem estar.


Obrigada Clari,sinto saudades e espero sua visita para participar daquilo que você ajudou a acontecer

Bjs



Ao clube da Lulu, que fica em Itapeva na casa da Regiane, onde todas nós mulheres colocamos nossas aflições, desabafos, alegrias, novidades ... e tudo mais na mesa e entre choros e risos, aconselhamos e buscamos forças para realizar o impossível.

Saudades meninas.

Novas fotos

Vou postar novas fotos editadas pelo Davi, só ele pra ter paciência de ficar colocando nome, símbolos e tudo mais só pro povo entender melhor, ainda bem que tenho ele pra ajudar.

Dia de visitas ...

Hoje nos fomos de carona, graças ao Michel, que além de levar foi buscar. E isso foi muito bom ja que saimos tarde e estava começando a garoar e realmente ninguem tava a fim de andar.
E la fomos nos dentro do carro, Maicon, Felipe, larissa e eu, e a Bruna na garupa do Davi ja que ninguem tava afim de ser lavado de vomito no carro.

As crianças foram andar pelo terreno e brincar na cachoeira

 e eu e o Davi roçar os rosarios e liberar espaço para que as taboas pudessem espalhar mais fácil.
Sim, quero ficar com as taboas, pra mim elas tem muito uso.
O terreno aos poucos, bem aos poucos esta mudando, mas esta bom eu estou feliz com isso.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Misterio ...

Era inicio de inverno e começou a serenar e eu nem tinha ideia que o local ficaria assim, fala serio, você não acha que vai sair algo da neblina.


A escolha do terreno ...

Por que eu escolhi esse terreno entre tantos que apareceram?

Bem por este único lugar que aparece na foto da pagina inicial do blog, a pequena cachoeira preencheu meu mundo no instante que a vi, me apaixonei por ela a ponto de ter pequenas discussões sobre tirar ou não tirar algumas árvores que rolaram nas últimas chuvas.


Mas o momento certo da escolha? Sim tive o momento certo e ocorreu com tudo que podia dar errado...

Naquele dia amanheceu chovendo, era um domingo, e apesar de ainda ser verão estava frio, isso é uma regra em Apiaí, chuva é igual a frio.

Davi estava passando o fim de semana comigo e minha família, evento que vem ocorrendo desde minha transferência de serviço da cidade de Itapeva para Apiaí em dezembro de 2009 e graças ao meu nervosismo por querer ver o terreno e ele querendo agradar por estarmos mais longe que o normal, me levou até o Bairro Mineiros para ver o tal terreno que já a dona "a Dna Ana" havia aceito a proposta de pagamento mediante minha aceitação após a visita.

Fomos então com frio, de moto e usando blusa pesada e bota velha. Chegando lá eu tiritava de frio mas não reclamava, Davi já fazia isso por mim. Eu entendia o lado dele e vou tentar descrever o que ele via, um terreno montanhoso ou melhor "só barranco", com uma pequeno riacho passando no meio.Na maior parte da faixa plana estava alagado e lotado de rosário e alguns pés de taboa. Na faixa plana a única parte seca tinha tanto mato que no dia achamos que tudo estava alagado, da "entrada" do terreno se via uma divisa de mata e na parte mais alta a cerca de divisa. Ele olhava pra mim e dizia "não tem nada aqui" e eu quieta tentando ver aquilo transformado.


Nessa hora é que piorou, a garoa começou e eu de caso pensado resolvi adiar a visita, lógico que pra voltar com a Marcia, ela com certeza iria ver o que eu via, mas o Davi me conhecendo melhor do que eu achava percebeu meus planos e resolveu "já que estamos aqui vamos ver tudo, ai você da a resposta que não quer, nos vimos outros sítios melhores que esse". Estava tudo resolvido na cabeça dele.

Tiramos as blusas e escondemos da garoa para estarem secas quando estivessemos de novo na moto. E ficamos ali debaixo da garoa, tentando adivinhar qual seria o caminho correto para ver o terreno e como tudo podia piorar, piorou, fomos pelo lado errado e acabamos atolados até o joelho tentando atravessar a parte mais rasa do riacho e entre um ajudar o outro estavamos os dois se arrastando no barro, porque de´pé era impossível e quando conseguimos chegar na parte seca estavamos na parte ingrime do morro, parecia uma parede. Pra subir foi um sufoco, estava escorregadio, precisávamos da mão pra subir, mas estávamos de pé ... e o Davi xingando e eu ria e perdia as forças, comigo isso acontece sempre, mas não tinha como não rir.

E quando finalmente chegamos na parte mais alta e plana vimos que havia do lado contrário uma pequena ponte, taaaa ,uma tabua, que facilitaria e muito a travessia e ai até o Davi riu...

Descansamos um pouco e ficamos lá analisando o terreno, olhando de cima ficava mais fácil, pelo menos dava pra ver o terreno e escolhemos um local melhor pra descida e logo que avistamos a pontinha eu fiz aquela cara, aquela de cachorro caído da mudança, e o Davi logo entendendo "tá, já que estamos aqui vamos dar uma olhada na tal cachoeira, não deve ser grande coisa, é só olhar o terreno".


E fomos beirando o rio e chegando perto da mata e a um metro de distancia ele avisou "deixa eu ver, se não for grande coisa você nem precisa entrar,ai vamos embora".

Eu fiquei olhando ele entrar na sombra das árvores e sumir, eu podia ouvir o barulho da água caindo nas pedras e da garoa nas folhas e quando olhei de novo ele estava na entrada da mata -"F..." - eu apertei os olhos e de momento não entendi a cara que ele fez e nem quando falou "vem ver".

Comecei a andar um pouco pesada pelo barro que acumulava no sapato e torta,já esperando pelo tombo, desci no riacho quando já não tinha mais barranco e vi escondidas pelas árvores muitas bromelias e a pequena cachoeira que descia em degraus formado patamares e locais perfeitos para sentar dentro dágua e relaxar. Algumas árvores rolaram com as chuvas formado bancos, o local era perfeito.

Sabe aquele local que você esquece os problemas e só quer sentar e não sentir o tempo passar. Todo mundo tem o seu lugar, aquele era o meu...

Hoje sei que naquele momento não havia visto toda a beleza porque ainda acho detalhes novos.


Minha cara era tão maravilhada que quando olhei pro Davi ele sabia que aquele era o terreno que eu queria, o que eu procurava, e ainda bem que a Dna Ana não estava junto ou pediria o dobro,rsrs, e acredito que até hoje ela não saiba que vendeu algo sem preço pra mim.


Ficamos la fotografando o local e porque também eu não conseguia ir embora de imediato, aquele local era meu, já era meu, eu queria ficar apesar da garoa, do frio, da roupa molhada, pesada e suja, suja? não! eu tinha em minhas roupas marcas daquela terra sagrada, o que é sagrado não pode ser sujeira e era ali que eu queria ficar.


Quando chegamos na casa de minha mãe e ela perguntou "e ai ? esse terreno é bom?" o Davi respondeu "acredito que ela feche o negocio essa semana" e não comentou mais o assunto ...

domingo, 29 de agosto de 2010

O caminho até lá ...

O caminho até o sitio é bonito, simples assim.
Na maior parte da estrada vemos apenas árvores e montanhas

Nossa região é rica em bromelias e orquideas. Enquanto caminhamos, e são 7 km de ida,vamos olhando admirando cada planta.
Bem passando os 7 km temos um pequeno bairro, chamado Mineiros, gosto de lá ...

E vamos caminhando e coletando algumas mudas, essa na minha mão é de camomila ... e na outra, sim é uma foice.
Estamos na fase de roçar o terreno e carpir so um pouco, porque volta e meia a gente acha um pé de alguma coisa e como diria Dna Zulmira "se não é de come, é remedio".

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

... o inicio

o inicio de tudo foi a procura pelo local, como foi dificil, não achava o terreno bom, ou achava e o preço é que não era, rssss, mas tudo bem "uma hora da certo" dizia minha mãe ...
Mas uma hora eu realmente desisti, outras pessoas ja haviam desistido mesmo, e por alguns dias fiquei pensando se aquele era realmente meu sonho.
Mas como tudo ocorre na hora que deve acontecer a oportunidade realmente bateu a minha porta, ou portão. Aconteceu enquanto eu limpava o jardim, alguem bateu e disse, "ei, ainda quer o sitio ?" ...
Bem da verdade eu queria, mas estava batendo o pé feito criança e quando fui falar com a dona do terreno meio que tomei as redeas e disse:
"talvez uma pequena entrada e o resto parcelado ... a perder de vista ... " e fiquei ali esperando, respirando e ouvindo meu coração e juro enquanto via a expressão dela mudar e eu ja sabia a resposta ...

Nesse meio tempo eu ficava pesquisando e tendo idéias ... sobre o que eu gostaria de fazer no sitio ... sobre permacultura, agrofloresta, banheiro seco, tratamento da água cinza, e por ai vai ...


E então em 14/04/10 fechamos o contrato da primeira parte do terreno e eu estava me tornando uma proprietaria de um pequeno pedaço de terra e nossaaaaaaaa eu nem podia acreditar, esta dando certo, que legal.